
REFLEXÕES
(Reed comp)
Um dia desses recebi de uma amiga uma mensagem que
dizia: “Hoje é dia de ser feliz! ”, e continuava: “É loucura jogar fora todas
as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo”. (Do livro “O
Pequeno Príncipe”).
Essa pequena frase serve para a vida toda, pois a
vida é somatório de tentativas, onde algumas dão certo, outras não.
Fiquei na dúvida se a frase era mesmo do livro,
todavia não por muito tempo. Fui atrás do volume mencionado e confirmei.
A obra genial e apenas supostamente infantil,
coloca o ponto de vista crítico da criança em relação ao comportamento
antinatural do adulto.
Desde as primeiras páginas o autor nos convida à
reflexão. E, através da interpretação de desenhos demonstra que a ótica adulta
é sensivelmente distinta da infantil.
Enquanto o adulto vê o desenho a partir de uma
perspectiva minimalista, a criança o vê além da retina, acrescentando a
imaginação e tudo aquilo que povoa seus pensamentos fantasiosos.
O adulto exercita a análise rotineira, que tolhe a
liberdade criativa, se deixa levar pelas regras censoras, que impedem o voo da
sua imaginação.
Através do bom senso, o indivíduo vive melhor
quando não se submete a todas as regras. É preciso viver a sua verdade, ou
seja, aquilo que sente, o que lhe proporciona o bem.
As normas, os hábitos e as tradições, por vezes,
tolhem o indivíduo em sua identidade.
As experiências, tais como os desafios, a sensação
de angústia, o tédio, a ansiedade e os gostos, são muito próprios de cada um;
portanto, definições ou fórmulas prontas para grupos não irão satisfazer as
diferentes necessidades individuais.
Cada pessoa é um universo à parte, e regras
comportamentais coletivas devem ser usadas tão somente como referências, não
como paradigmas, e jamais como modelos a serem seguidos por todos
indistintamente.
Seguramente entre as conquistas da humanidade, a
liberdade está entre as mais importantes.
Felizmente nos dias de hoje, veem-se, não poucos,
jovens trocando altos salários por empregos que não firam seus princípios e que
lhes dê a possibilidade de fazerem aquilo que gostam.
A saúde física e mental de cada um desses jovens lhes
será grata no futuro.
Viver é sinônimo de viver bem, nunca apenas
sobreviver.
Antoine de Saint-Exupéry, como a maioria dos homens
geniais, estava à frente de seu tempo. E, sua obra prima, “O Pequeno Príncipe”
confirma isso.
By Celso Ghebz Ghelardino Gutierre
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