Um olhar tímido bastou. Suas pernas tremiam embaixo da mesa. A pura donzela teve o que procurou.
Os lábios estavam secos demais para fala. As mãos carregavam o desejo de acaricia-lo. Ela atentava para seu coração que parecia dançar.
Seus olhos fitavam-no ansiosos por qualquer movimento. A donzela congelou seus devaneios. Um passo em falso e perderia-se para sempre naquele momento.
Ela o queria, o queria da forma mais pura... Queria o toque elétrico, o beijo molhado,o riso melodicamente repleto de travessura.
Ansiava para queimar-se em seu calor. Sentir teus lábios famintos desbravando-a. Sem medo, sentindo seu gosto sem pudor...
Logo veio o toque que a despertou. Arfava de desejo, o queria como nunca a ninguém desejou.
Mãos firmes passeavam por sua pele. Enquanto seu olhar implorava por mais. Cada átomo de seu corpo gritava que era dele...
O encontro de seus corpos criava música. Uma melodia primitiva. Amavam-se como selvagens, numa sinfonia acústica...
Se agarrando aos sedosos lençóis, seus olhares permaneciam grudados. O resto do mundo desaparecendo, apenas os dois ali sós...
E quando os gritos denunciaram o ápice, eles não se viraram de lado. Ele desabou sobre a donzela, que recuperava o fôlego. Enquanto seus dedos envolviam-se em seus cabelos bagunçados...
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